- PRINCIPAL
- CAPÍTULO: Capítulo V - Transtornos mentais e comportamentais
- GRUPO : F00-F09 - Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos
- CATEGORIA : E74 - Outros distúrbios do metabolismo de carboidratos
- SUBCATEGORIA : E74.0 - Doença de depósito de glicogênio
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio
Sinônimo: Doença do Armazenamento de Glicogênio;Glicogenose
Definição: Grupo de transtornos metabólicos hereditários envolvendo as enzimas responsáveis pela síntese e degradação de glicogênio. Em alguns pacientes, o envolvimento hepático proeminente está presente. Em outros, ocorre armazenamento mais generalizado de glicogênio, algumas vezes com envolvimento cardíaco proeminente.
Doença de depósito de glicogênio
Código: e74.0
Deficiência de fosforilase hepática
Doença (de):
· Andersen
· Cori
· Forbes
· Hers
· McArdle
· Pompe
· Tauri
· Tarui
· Von Gierke
Glicogenose cardíaca
Relacionados:
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo I
Sinônimo: Deficiência de Glucose-6-Fosfatase;Deficiência de Glucosefosfatase;Doença de von Gierke;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo I;Doença por Armazenamento de Glicogênio Hepatorrena;Glicogenose 1
Definição: Doença autossômica recessiva na qual a expressão gênica da enzima glucose-6-fosfatase está ausente, resultando em hipoglicemia devido à falta de produção de glucose. O acúmulo de glicogênio no fígado e rins leva à organomegalia, particularmente hepatomegalia massiva. Concentrações aumentadas de ácido láctico e hiperlipidemia aparecem no plasma. A gota clínica geralmente aparece na primeira infância.
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo II
Sinônimo: Deficiência de Maltase Ácida;Doença da Deficiência de alfa-1,4-Glucosidase Liso;Doença da Deficiência de Maltase Ácida;Doença de Pompe;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo II;Glicogenose 2;Glicogenose Generalizada
Definição: Doença do armazenamento de glicogênio, de herança recessiva autossômica, causada por deficiência de GLUCANA 1,4-ALFA-GLUCOSIDASE. Grandes quantidades de GLICOGÊNIO se acumulam nos LISOSSOMOS do MÚSCULO ESQUELÉTICO, CORAÇÃO, FÍGADO, MEDULA ESPINAL e CÉREBRO. Três formas foram descritas: neonatal, infantil e adulta. A forma neonatal é fatal na infância e se apresenta com hipotonia e CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA. A forma infantil normalmente se apresenta no segundo ano de vida com fraqueza proximal e sintomas respiratórios. A forma adulta consiste de uma miopatia proximal lentamente progressiva. (Tradução livre do original: Muscle Nerve 1995;3:S61-9; Menkes, Textbook of Child Neurology, 5th ed, pp73-4)
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo III
Sinônimo: Deficiência da Enzima Desramificadora;Deficiência da Enzima Desramificadora de Glicogêni;Dextrinose Limite;Doença de Forbe;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo III;Doença do Cori;Glicogenose 3
Definição: Transtorno metabólico autossômico recessivo devido à expressão deficiente da enzima amilo-1,6-glucosidase (uma parte do sistema da enzima desramificadora de glicogênio). O curso clínico da doença é similar àquele da doença do armazenamento de glicogênio tipo I, porém mais brando. A hepatomegalia massiva, que está presente em crianças pequenas, diminui e ocasionalmente desaparece com a idade. Os níveis de glicogênio com braços externos curtos são elevados no músculo, fígado e eritrócitos. Seis subgrupos foram identificados, sendo os subgrupos tipo IIIa e tipo IIIb os mais prevalentes.
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo IV
Sinônimo: Amilopectinose;Deficiência da Enzima Ramificadora;Doença de Andersen;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo IV;Glicogenose 4
Definição: Transtorno metabólico, autossômico e recessivo devido à deficiência da expressão da enzima 1 ramificadora de glicogênio (alfa-1,4-glucano-6-alfa-glicosiltransferase), resultando no acúmulo anormal de GLICOGÊNIO com ramificações externas longas. Os sinais clínicos são HIPOTONIA MUSCULAR e CIRROSE. A morte decorrente de doença hepática ocorre, de modo geral, antes dos 2 anos de idade.
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo V
Sinônimo: Doença de McArdle;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo V;Glicogenose 5
Definição: Glicogenose devido à deficiência da fosforilase muscular. Caracteriza-se por câimbras dolorosas seguidas a exercícios prolongados.
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo VI
Sinônimo: Doença de Hers;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo VI;Glicogenose 6
Definição: DOENÇA DE DEPÓSITO DE GLICOGÊNIO hepático em que há uma deficiência aparente na atividade da fosforilase hepática (GLICOGÊNIO FOSFORILASE HEPÁTICA).
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo VII
Sinônimo: Doença de Tarui;Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo VII;Glicogenose 7
Definição: Doença autossômica, recessiva, de depósito de glicogênio, na qual há expressão deficiente da 6-fosfofrutose 1-quinase no músculo (FOSFOFRUTOQUINASE-1 MUSCULAR), resultando em armazenamento anormal de glicogênio no tecido muscular. Estes pacientes têm grave distrofia muscular congênita e são intolerantes a exercícios.
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo VIII
Sinônimo: Doença do Armazenamento de Glicogênio Tipo VIII;Glicogenose 8
Definição: Doença do armazenamento de glicogênio hepático, recessiva, ligada ao cromossomo-X, resultante da falta de expressão da atividade da enzima fosforilase-b-quinase. Os sintomas são relativamente brandos; hepatomegalia, aumento do glicogênio hepático, e diminuição da fosforilase leucocitária. A redução do fígado ocorre em resposta ao glucagon.
Descrição: Doença de Depósito de Glicogênio Tipo IIb
Definição: Transtorno multissistêmico dominante ligado ao cromossomo X que resulta em uma cardiomiopatia, miopatia e DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. É causado por mutação no gene codificador da PROTEÍNA 2 DE MEMBRANA ASSOCIADA AO LISOSSOMO.
Descrição: Gangliosidose GM1
Sinônimo: Gangliosidose G(M1)
Definição: Transtorno neurodegenerativo autossômico recessivo causado pela deficiência ou ausência de BETA-GALACTOSIDASE. É caracterizada por acúmulo intralisossômico de GANGLIOSÍDEO G(M1) e oligossacarídeos, principalmente em neurônios do sistema nervoso central. A forma infantil é caracterizada por HIPOTONIA MUSCULAR, desenvolvimento psicomotor insatisfatório, HIRSUTISMO, hepatoesplenomegalia e anomalias faciais. A forma juvenil é caracterizada por HIPERACUSIA, CONVULSÕES e retardo psicomotor. A forma adulta é caracterizada por DEMÊNCIA progressiva, ATAXIA e ESPASTICIDADE MUSCULAR. (Tradução livre do original: Menkes, Textbook of Child Neurology, 5th ed, pp96-7)
CAPÍTULO : Capítulo V - Transtornos mentais e comportamentais
GRUPO : f00-f09 - Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos
CATEGORIA : e74 - Outros distúrbios do metabolismo de carboidratos
SUBCATEGORIA : e74.0 - Doença de depósito de glicogênio
Anatomias relacionadas


Braço
Parte mais alta, na extremidade superior, entre o OMBRO e o COTOVELO.


Cérebro
Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.


Coração
Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.


Cromossomo X
Cromossomo sexual (diferencial) feminino transportado por gametas masculinos (50 por cento) e por todos os gametas femininos (nos humanos e em outras espécies heterogaméticas masculinas).


Eritrócitos
Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO.


Fígado
Grande órgão glandular lobulado no abdomen de vertebrados responsável pela desintoxicação, metabolismo, síntese e armazenamento de várias substâncias.


Lisossomos
Uma classe de partículas citoplasmáticas morfologicamente heterogêneas, encontradas em tecidos animais e vegetais, caracterizadas por seu conteúdo de enzimas hidrolíticas e à sua estrutura, ligada à latência destas enzimas. As funções intracelulares dos lisossomos depende de seu potencial lítico. A única unidade de membrana do lisossomo atua como uma barreira entre as enzimas encerradas no lisossomo e o substrato externo. A atividade das enzimas contidas no lisossomos é limitada ou nula, a não ser que a vesícula na qual estas enzimas encontram-se seja rompida. Supõem-se que tal ruptura esteja sob controle metabólico (hormonal).


Medula Espinal
Coluna cilíndrica de tecido subjacente dentro do canal vertebral. É composto de SUBSTÂNCIA BRANCA e SUBSTÂNCIA CINZENTA.


Músculos
Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.


Músculo Esquelético
Subtipo de músculo estriado fixado por TENDÕES ao ESQUELETO. Os músculos esqueléticos são inervados e seu movimento pode ser conscientemente controlado. Também são chamados de músculos voluntários.


Neurônios
Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO.


Plasma
Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).


Sistema Nervoso Central
Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.


Medula
Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.


Sistema nervoso
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
Médicos que tratam essa doença


Fígado
Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
Medula
Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
Cérebro
Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.